Draw For Me Jaeyi Seul Gi
O obcecado deveria abrir seus olhos, enquanto o obsessivo deveria fechá-los.
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– Por que isso de repente? – Ara perguntou assim que Jaeyi entregou um pequeno envelope para ela depois de chamá-la até o depósito de materiais da escola para uma conversa privada.Na manhã seguinte, Jaeyi enviou uma mensagem para Ara assim que chegou na escola, dizendo para ela ir até o depósito de materiais da escola para uma conversa privada. – Preciso de um deles. – Jaeyi falou firme, lhe dando um olhar significativo. Ara franziu o cenho, abrindo discretamente o envelope para ver o que tinha dentro. Uma certa quantidade de dinheiro, provavelmente que veio da venda de absorventes. A garota assentiu em compreensão. – E o que devem fazer? – Perguntou guardando o dinheiro na mochila. – Você sabe quem é a Dasom da turma ao lado da nossa? – Ara assentiu para a pergunta. Jaeyi sorriu divertida. – Vamos dar a ela um dia de hispa.~•~
O dia de Seul-gi parecia estar ocorrendo como normalmente, sem ninguém importunando seu momento de estudos. Ela estava se perguntando se sua sombra iria fazer o que ela havia desenhado. Quando foi com Na-ri, tudo aconteceu de maneira rápida em uma noite, mas Dasom parece estar muito bem ainda. Aproveitando o momento sozinha, Seul-gi pegou seu bloco de notas e verificou os nomes que ainda não haviam sido desclassificados do cargo de sombra. Mesmo que tivessem seis nomes em seu caderninho, Seul-gi não conseguiu desviar a atenção do nome "Jaeyi", ela não parecia ser alguém que a perseguiria até em casa para ficar olhando-a estudar, e muito menos parecia alguém com motivos para isso, mas havia algo de estranho nela ao mesmo tempo. – Hey, Seul-gi – Uma voz animada chamou a garota enquanto ela se afastava de sua sala. Seul-gi quase bufou por ter sua atividade interrompida, mas fechou o bloco de notas e se virou em direção a voz desconhecida. Quem vinha até ela era uma das garotas da turma ao lado. Minji, conhecida por ser a correspondente da escola. Ela havia criado todo um sistema onde pessoas entregavam cartas anônimas para ela sem revelarem suas identidades, apenas com o nome do recebedor no verso da carta, recebendo em troca do serviço uma certa quantidade de dinheiro. – Você é Seul-gi, certo? – A garota perguntou sorridente. Em resposta, Seul-gi assentiu com um certo receio, estranhando sua aproximação repentina. – Bom. – A garota assentiu e então entregou um envelope vermelho para Seul-gi. – Este é para você. Sem mais palavras, Minji se virou e deixou Seul-gi totalmente sem reação para trás. Seul-gi observou a garota se afastar, um pouco desconcertada com seu comportamento. Ela olhou confusa e curiosa para seu ganho e então abriu o envelope com cuidado, puxando a cartinha de dentro para ler seu conteúdo. "Sorria se eu fiz um bom trabalho." Seul-gi sentiu um calafrio atravessar a coluna e guardou o papel rapidamente, olhando em volta rapidamente, procurando por Minji. Seul-gi correu pelos corredores procurando a garota da correspondência e assim que a encontrou não hesitou de parar abruptamente em sua frente, assustando-a. – Ouch, que porra garota? – Minji reclamou levando a mão até o peito por reflexo. Seul-gi ignorou sua reação antes de perguntar. – Quem te entregou esse envelope? Quem pediu para enviar isso para mim? – Sua voz soava quase tensa demais, fazendo Minji franzir o cenho. – Eu sei lá. Os pedidos são anônimos. – Respondeu com um tom levemente rabugento. – Mas você deve ter alguma forma de descobrir! Pode saber quem entregou isso para você. – Se fosse tão simples descobrir quem envia as cartas anônimas, nosso negócio não iria render, ninguém ia querer usar. – Minji respondeu estressada e passou por Seul-gi, olhando um momento por cima do ombro, dando a outra uma olhada atravessada. Seul-gi não ligou muito, apenas revirando os olhos levemente, frustrada por saber estar tão perto de sua sombra, e mesmo assim não conseguia encontrá-la.~•~
Seul-gi entrou com certa hesitação em sua sala, indo até sua classe com certa rapidez. A garota pretendia evitar olhar em direção a Dasom, não queria chamar atenção dela para si. Mas seu problema foi resolvido rapidamente, pois a atenção de todas estavam em Dasom assim que ela entrou pela porta. Dasom estava com um longo cabelo rosa, maior do que seu cabelo natural, deixando claro que estava de peruca. Suas amigas estranharam a nova aparência, mas pareceram se encantar pela criatividade que ela teve, perguntando se ela pretendia pintar o cabelo ou apenas usar peruca. Seul-gi foi a única a notar que Dasom estava nervosa, volta e meia olhando de soslaio em direção a Seul-gi. Seul-gi sentiu um leve arrepio com a noção de que sua sombra havia feito o que ela havia pedido, mas para o seu alívio, não ficou tão assustada com esta constatação como da última vez. A aula teve um decorrer rápido, Seul-gi estava focada em aprender aquele conteúdo novo, já tinha alguns dias que sua atenção havia dispersado dos estudos por conta da sombra. Ao final das aulas, Seul-gi pegou sua mochila e tomou seu caminho para fora da escola com rapidez, ela queria chegar em seu quarto rápido. Porém, seu caminho foi atrapalhado com Dasom, que parou em sua frente de repente. Seul-gi apertou a mão na alça da mochila, se preparando para correr, mas ficou surpresa ao notar a expressão assustada no rosto dela. – Eu sei que você não tem motivos para me ajudar, mas... – Ela mordeu o lábio por um segundo, parecendo lutar para fazer o pedido. – Eu não vou mais incomodar você, por favor- – Dasom, que cabelo legal você colocou hoje. – Uma voz firme interrompeu as palavras tremulas de Dasom. Seul-gi sentiu o coração acelerar um pouco ao reconhecer Jaeyi. Por que ela estaria ali? – Jaeyi... – A garota de cabelo rosa sussurrou um pouco encolhida. Em resposta a garota mais alta sorriu de lado, levando a mão até às mechas de cabelo rosa.– É macio, é uma peruca de cabelo real? – Jaeyi perguntou com falso interesse. Dasom negou levemente com a cabeça.Seul-gi observou a interação delas com o coração pulando. Aquele comportamento de Jaeyi e o óbvio medo de Dasom...Jaeyi sorriu firme, a atenção das outras alunas estava no trio e com uma atuação medíocre, Jaeyi começou a puxar a mão, sem conseguir solta-la.– Droga, prendeu... – A mais alta reclamou, puxando o cabelo rosado. Dasom arregalou os olhos, segurando a peruca o máximo que podia, mas Jaeyi não pretendia largar.Seul-gi teve a impressão de que a situação ocorreu em câmera lenta. Jeiya puxou a mão com força, arrancando a peruca no processo. Dasom caiu de joelhos, levando as mãos para a cabeça, se esforçando para esconder a cabeça sem cabelos.Seul-gi não prestou atenção nas risadas e suspiros de choque que assolou o lugar, ela só conseguia focar em Jaeyi. A mais alta olhou para Seul-gi, não desviando seu olhar.Porque caçar sua sombra se ela te rodeia sem receio? Jaeyi.~•~
Assim que chegou em casa, Seul-gi correu para o seu quarto. A primeira coisa que fez assim que trancou sua porta foi abrir sua mochila e procurar um frasco.Não foi difícil achar, bem ali em meio aos materiais estava um pequeno vidrinho com mechas de cabelo com o nome "Dasom" preso ao objeto. Sua sombra... Jaeyi, tem um padrão.Seul-gi não ficou tão assustado quanto da primeira vez, mas seu estômago ainda embrulhava. – Eu fiz isso... – Sussurrou, tentando buscar o sentimento de culpa que carregou com a morte de Na-ri, mas as memórias de Dasom chutando seu estômago eram mais fortes do que o remorso que perfurava sua ética.Seul-gi olhou para a árvore grande pela janela, ainda cedo demais. Negando de leve com a cabeça, Seul-gi foi até a caixa embaixo da cama e guardou o frasco junto com o anterior.– Isso é tão estranho, se você gosta de manter isso, porque não deixa no seu próprio quarto? – Reclamou baixinho enquanto escondia as duas provas incriminatórias que ganhou de "presente".A estudante repetiu suas atividades diárias, jantou com a madrasta e logo em seguida foi tomar banho. Porém, ao escolher sua roupa de dormir, pegou um pijama mais curto do que o habitual, querendo testar uma ideia repentina. Assim que se aproximou da janela, viu sua sombra outra vez com sua câmera. A pessoa ao longe automaticamente ergueu os braços ao receber a atenção de Seul-gi, mas seus movimentos travaram levemente ao notar as roupas da garota. Ela tombou um pouco a cabeça para o lado, mostrando curiosidade, mas logo se recuperou e apontou a câmera em sua direção, mas o flash não veio."Sorria se eu fiz um bom trabalho."Seul-gi bufou em descrença ao notar o que ela estava esperando, mas fez o que a outra desejava. Ergueu um pouco o rosto e sorriu, seus olhos ainda mantiveram certa frieza em relação a outra. Um flash, depois outro. – Duas fotos por dois trabalhos... – Seul-gi sussurrou, assentindo em compreensão. Obcecado é um adjetivo formado do particípio passado do verbo obcecar, que provém do latim obcœcare, com as seguintes acepções: cegar, não deixar ver, cobrir com terra, paralisar, e, ainda, em sentido figurado, tornar obscuro, ininteligível. Assim, obcecado significa, rigorosamente, que "está cego, paralisado, que não vê claramente o que se passa, que tem o espírito ou o entendimento obscurecido, ofuscado.". – Com a reação que teve... você se atrai por mim? – Seul-gi perguntou enquanto se sentava em sua cadeira. – Existem diferentes tipos de loucura, eu me pergunto qual é a sua... e talvez, qual a minha.Seul-gi apertou levemente o maxilar, sendo confrontada pelas próprias ações. A garota fechou os olhos e negou com a cabeça, deixando aquilo de lado.– Eu preciso estudar! Preciso focar. – Falou para si mesma, abrindo os olhos e os levando diretamente para seus livros.Ela se recusou a olhar outra vez em direção a sua sombra até o fim dos estudos. Quando decidiu ir dormir, olhou para a árvore e de uma forma receosa, ergueu a própria mão, acenando para a outra.Jaeyi acenou de volta.~•~
Após observar Seul-gi dormir, Jaeyi se permitiu voltar para casa. Agora, com seu sono atrapalhado como de costume, a garota decidiu estudar. Porém, depois de um tempo sua atenção foi sugada para uma bola de papel na sua pequena lixeira.Jaeyi sorriu de lado, pegando o papel para observar o conteúdo nele uma última vez. O desenho que sua garota havia feito para ela na noite passada. Na visão de Jaeyi era uma ilustração um pouco engraçada, várias garotas com rostos um pouco assustadores, rindo de uma forma um pouco grotesca, riam enquanto todas apontavam para a pessoa ajoelhada no meio. Era Dasom chorando, completamente envergonhada enquanto segurava uma peruca. No fundo, escondida de todos, estava a versão sombra de Jaeyi segurando uma máquina de cortar cabelo.Já obsessão vem de obsedere, em que ob tem o sentido de "diante de" e sedere indica, também metaforicamente, "sentado". Assim, a "obsessão" está associada à noção de estar "sentado, tomado, possuído diante de algo ou por alguém.". Jaeyi estava genuinamente feliz ao ver as reações de Seul-gi para suas investidas. Elas estavam brincando e Jaeyi estava mais do que satisfeita com o decorrer da valsa romântica que estavam compartilhando. – Qual será seu próximo pedido, minha princesa?
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Olá :)Essa é a fanfic mais anti código penal que eu já escrevi.Bạn đang đọc truyện trên: Truyen3h.Co